Computadores
dos 17 vereadores e ex-vereadores de Guarulhos apreendidos em operação
conjunta do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado
(Gaeco) do Ministèrio Público e Grupo Armado de Repressão a Roubos e
Assaltos (Garra), no dia 16.
O objetivo da investigação é obter novos dados sobre o esquema de corrupçãoe que assolou a Câmara de Vereadores entre os anos de 2005 e 2006. Segundo o MP, nesse período vereadores fundaram uma organização dentro da Casa de Leis para desviar verba de gabinete no valor de R$ 5 mil mensais. De acordo com o promotor de Justiça, Marcelo Alexandre Oliveira, um ex-funcionário dos Correios, o comercinate Henri Diskin clonou o sistema de dados do órgão e abriu uma empresa, a Henri Diskin Papelaria ME, no bairro de Santa Cecília, com a finalidade de fraudar as verbas.
De lá, emitia notas fiscais e recibos frios como se os vereadores tivessem comprado materiais de escritório e selos. Recebia pelo "trabalho" 10% do valor de cada nota e recibo. Detalhe: a Câmara fica no centro de Guarulhos, a papelaria a uns 5 quilômetros da Casa de Leis, na periferia de Guarulhos, e os Correios que supostamente vendiam para os vereadores em cidade Tiradentes, no extremo leste da capital paulista. A Câmara fica a 30 quilômetros da franquia de Correios usada para dar o golpe e a pepelaria ainda mais a oeste, já em Guarulhos, ou seja, quase 40 km separam a loja franqueada da papelaria. A Câmara sugestivamente fica no meio entre os dois caminhos.
O MP ofereceu denúncia contra os legisladores. Um dia depois o juiz Paulo Rogério Bonini declarou que o processo vai correr em segredo de Justiça. O MP afirma que pelo menos R$ 590 mil foram desviados da Câmara em um período de aproximdamente seis meses. Estima-se, contudo, que os desvios possam ser muito maiores que os "modestos" R$ 590 mil já descobertos. A verba de gabinete, que começou a existir em 2001 e foi extinta em 2007, era paga a todos os vereadores mediante comprovação de gastos no valor limite de até R$ 5 mil. A finalidade da verba era a compra de materiais de escritório.
Os
vereadores investigados são os seguintes: Alan Neto (atual presidente
da Câmara), Ricardo Rui (PPS), Paulo Roberto Cechinato (PP), Otávia
Tenório (PRP), Gileno Gomes (PSL), Silvana Mesquita (PV), Eraldo Souza
(PSB), Edmilson Sarlo, o “Americano” (PHS), Ulisses Correia (PT,
secretário de Assistência Social), Toninho Magalhães (PTC), Unaldo
Santos (PSB), Wagner Freitas (PR) Marcelo Albuquerque (PRB, suplente de
vereador e secretário adjunto de Segurança), todos com mandato na
legislatura atual que termina em 2012. Os ex-vereadores são: Luis
Alberto Zappa, Vadinho Moreira (atual secretário de Esportes), Francisco
Barros (hoje chefe de gabinete de Alan Neto), e Eduardo Rodrigues, o
“Dudu”. Toninho Raimundo também era investigado, mas morreu em outubro
de 2009.
Outro lado
A Câmara Municipal de Guarulhos divulgou nesta sexta-feira uma nota em que diz que considera a investigação natural e louvável. Afirma ainda que o Legislativo se coloca à disposição para fornecer documentos e que o inquérito poderá esclarecer qualquer dúvida sobre a conduta dos vereadores.
Confira a íntegra:
"A Câmara Municipal de Guarulhos, por meio de seu presidente o vereador Alan Neto (PSC), acredita que o inquérito aberto pelo Ministério Público possibilitará o esclarecimento de qualquer dúvida existente sobre a conduta dos vereadores e o uso de verbas públicas durante a Legislatura de 2005, considerando natural que homens públicos sejam investigados, pois isso faz parte da rotina daqueles que administram o Erário. O Legislativo guarulhense considera ainda louvável a ação do Ministério Público e da Polícia que cumprem com seu papel de investigar e elucidar quaisquer que sejam as denúncias apresentadas, colocando-se à disposição para fornecer a documentação requisitada e as condições necessárias para a efetiva apuração."
Fonte Folha
Outro lado
A Câmara Municipal de Guarulhos divulgou nesta sexta-feira uma nota em que diz que considera a investigação natural e louvável. Afirma ainda que o Legislativo se coloca à disposição para fornecer documentos e que o inquérito poderá esclarecer qualquer dúvida sobre a conduta dos vereadores.
Confira a íntegra:
"A Câmara Municipal de Guarulhos, por meio de seu presidente o vereador Alan Neto (PSC), acredita que o inquérito aberto pelo Ministério Público possibilitará o esclarecimento de qualquer dúvida existente sobre a conduta dos vereadores e o uso de verbas públicas durante a Legislatura de 2005, considerando natural que homens públicos sejam investigados, pois isso faz parte da rotina daqueles que administram o Erário. O Legislativo guarulhense considera ainda louvável a ação do Ministério Público e da Polícia que cumprem com seu papel de investigar e elucidar quaisquer que sejam as denúncias apresentadas, colocando-se à disposição para fornecer a documentação requisitada e as condições necessárias para a efetiva apuração."
Fonte Folha
Pagamentos irregulares em 2002.
O
Ministério Público do Estado (MPE) de São Paulo recomendou que a
Prefeitura de Guarulhos cobrasse a dívida dos parlamentares da época. A
Promotoria instaurou inquérito civil – ainda não concluído – pelos
vereadores terem recebido pagamentos irregulares sem comprovação de
despesas e em desconformidade à Constituição.
Os
valores questionados pelo TCE e MPE foram instituídos quando Ulisses
Correia (PT), atual secretário municipal de Assistência Social e
Cidadania, era presidente da Câmara Municipal.
A Folha Metropolitana apurou
que os vereadores que não restituírem à Secretaria de Finanças podem
ser incluídos na dívida ativa do município. Em nota, a pasta diz que não
tem todas as informações para passar sobre quantos vereadores fizeram
acordos, as condições de financiamento e punições, mas que conseguirá
isso no fim de agosto.
Parlamentares confirmam devolução
Os
vereadores Paulo Roberto Cechinatto (PP) e Silvana Mesquita (PV)
confirmam que financiaram a devolução dos valores cobrados pelo Tribunal
de Contas do Estado (TCE) de São Paulo por verbas indenizatórias e 13º
salários em 2002. Os dois disseram que queriam encerrar o problema e
tiveram entendimento jurídico que deveriam restituir o dinheiro.
A
atualização até 2007 previa devolução de R$ 57.538,66 por Silvana e R$
44.485,34 por Paulo Roberto. Em nota, o prefeito de Guarulhos, Sebastião
Almeida (PT), na época vereador, informou que iniciou o pagamento do
valor devido em 15 parcelas.
A
vereadora Luiza Cordeiro (PC do B) diz que recebeu uma ligação do
secretário de Finanças, Nestor Carlos Seabra Moura, solicitando que ela
fosse à secretaria conversar sobre a dívida. Ela afirma que ainda não se
atualizou sobre a situação do débito. Já o atual secretário municipal
de Assistência Social e Cidadania, Ulisses Correia, que era presidente
do Legislativo na época, conta que não recebeu qualquer notificação de
obrigação de pagamento.
Vereadores em 2002 que precisam devolver verbas irregulares
Aldo Mazioloum
Adílson Valente
Adriana Afonso
Alexandre Kise
Armando Matos
Auriel Brito
Edivaldo Moreira de Barros
Edmílson Americano
Edno Campagnucci
Edson Albertão
Ézio Balbino
Fausto André dos Santos
Francisco Cardoso Filho
Francisco Ferreira
Gasparino Romão Filho
Gilberto Penido
Helena Sena
João Dárcio Filho
Joel Bonfim da Silva
Jonas Dias
Jonas Bueno
José Carlos Dalan
José Luiz
José Paulo da Silva
Luiz Zappa
Luiza Cordeiro
Manoel Vicente dos Santos
Maria Helena Gonçalves
Otton Nelson de Paula
Paulo Carvalho
Paulo Roberto
Roberto Siqueira
Sebastião Almeida
Sebastião Alemão
Silvana Mesquita
Ulisses Correia
Waldomiro Ramos
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